Educação Financeira: uma Formação para a Vida (pagina 4)

Endividamento dos jovens

Para Domingos (2011), “a maior causa do endividamento dos jovens no Brasil se deve à ausência de educação financeira”. Segundo ele, como a posse do dinheiro é imprescindível numa sociedade capitalista, é necessário termos uma relação saudável com ele desde cedo, é importante que o jovem já nos seus primeiros ganhos, saiba curtir o presente e poupar para necessidades ou sonhos futuros, construindo uma vida melhor.

De acordo com Kiyosaki e Lechter (2000) ocorre uma falta de instrução financeira nas escolas e concluem:

Muitos dos jovens que hoje tem cartão de crédito, antes de concluir o segundo grau e, todavia, nunca tiveram aulas sobre dinheiro e a maneira de investi-lo, para não falar da compreensão do impacto dos juros compostos sobre os cartões de crédito. Simplesmente, são analfabetos financeiros e, sem o conhecimento de como o dinheiro funciona, eles não estão preparados para enfrentar o mundo que os espera, um mundo que dá mais ênfase à despesa do que à poupança (KIYOSAKI, LECHTER, 2000, p.5).

Educação financeira e conscientização dos jovens

É correto afirmar que a rotina familiar e a não abordagem sobre o tema educação financeira nas escolas é um dos fatores fundamentais para a formação de jovens incapazes de lidar com suas próprias finanças. O despreparo do jovem em conhecer os direitos do consumidor, pensar no futuro e desmistificar a ideia do consumo exagerado, ausentes na formação escolar, o conduz a intranquilidade monetária. A falta de orientação financeira quando criança, poderá resultar em jovens e adultos com pouca ou nenhuma habilidade com o dinheiro (BARROS, 2009, p.6).

A educação financeira prepara os jovens para uma vida de sucesso na tomada de decisões financeiras, eles não aprendem somente a lidar com o dinheiro em si, mas também aprendem a lidar com conceitos de organização, planejamento, controle, responsabilidade, tornam-se mais racionais e menos emotivos no campo das finanças além de adquirirem consciência para poupar e investir, opondo-se a hábitos consumistas (BUGARIN, 2013 p. 56. KASSARDJIAN, 2013, p.7. THEODORO, 2008, p.6).

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